Ela chegou uns 15 minutos atrasada, ofegante. Entregou uma folha de caderno claramente improvisada. Era o plano de estudos que eu havia pedido uma semana antes, quando ela me perguntou se eu poderia orientar seu Trabalho de Conclusão de Curso, o famoso TCC.
Enquanto lia o plano dela, comecei a fazer algumas perguntas, como quem não quer nada…
“Bem, vejo aqui que você está cursando 8 disciplinas. Não vejo aqui no seu plano de estudos em que horários você vai estudar…”
“Ah, tem as tardes de sábado, a noite de quarta e dois horários vagos às terças e quintas aqui, ó…”
“Você precisa mesmo fazer inglês e alemão ao mesmo tempo?”
“É que já comecei, não queria parar, professora… “
“Ok… Peraí, você não almoça?”
“Almoço sim, professora! “
“Mas quando, se o seu estágio termina às 12:30 lá no centro e a sua primeira aula começa às 13 horas?”
PAUSA
Só para você ter uma ideia, o campus da Universidade ficava há uns 20 km do Centro e só para andar do portão principal de até o nosso corredor de salas de aula eram necessários mais ou menos 10 minutos…
VOLTEMOS...
Na verdade, àquela altura do meu “interrogatório”, ela já estava olhando para os pés e respondendo com grunhidos. Era óbvio que aquele “plano” de estudos tinha sido feito sem pensar (provavelmente no caminho até a minha sala) e era impraticável.
Pelo menos aqui no planeta Terra, onde o dia dura só 24 horas…
Enfim, dei um suspiro profundo, soltei algumas dicas para tentar tornar o plano de estudos dela um pouco mais realista e um aviso: como orientadora, eu iria exigir dela as 15 horas semanais oficialmente determinadas pelo Departamento para o TCC.
No final, ela arregalou os olhos, agradeceu muito por eu ter aceito orientar o seu trabalho e prometeu que iria cumprir sim as 15 horas de trabalho.
Eu vi essa história se repetir muitas e muitas vezes. Orientei um bocado de trabalhos de TCC e a primeira coisa que eu pedia sempre era o plano de estudos. Dava uma semana e dizia ao candidato que minha decisão dependia do plano que fosse apresentado.
Nunca, nem uma única vez, um deles conseguir me apresentar um planejamento minimamente realista… 🙄
Por que é tão fazer um plano de estudos que funcione?
A verdade é que ninguém ensina como se organizar para estudar, em nenhum momento da vida acadêmica. Nem no ensino básico, nem na faculdade, nem em lugar nenhum.
Assim, a única referência de organização que as escolas e faculdades fornecem é a grade horária das aulas.
Era bem claro que nenhum dos meus orientados sequer teria feito um plano de estudos se eu não tivesse pedido.
Veja bem, eu não pedia o plano de estudos já sabendo que eles não tinham por maldade. Na verdade, meu objetivo era tentar fazer com que eles se conscientizassem pelo menos dos problemas mais evidentes.
Ao longo de vários anos fazendo este “experimento” com meus candidatos a orientandos, identifiquei 5 erros mais comuns cometidos por eles.
Vamos dar uma olhada em quais são esses erros?
- ERRO #1: Não ter agenda
- ERRO #2: Só ter a agenda
- ERRO #3: A grade horária expandida
- ERRO #4: Excesso de otimismo (também conhecido com “falta de bom senso”)
- ERRO #5: Descuidar da “máquina”
ERRO #1: Não ter agenda
Cá entre nós, se tem uma coisa que realmente faz ficar de queixo caído é um estudante que não tem sequer uma agenda. 😲
Infelizmente, isso é mais comum que o contrário…
Então, quando o professor marca uma prova, a pessoa anota em algum lugar aleatório. Isso quando ela se dá ao trabalho de anotar. Já vi alunos anotarem a data da prova no meio das anotações da matéria!
Veja bem, uma agenda comum NÃO é a melhor forma de organizar os estudos. Falta muito às agendas – mesmo as “agendas do estudante” – para se tornarem ferramentas completas para fazer um bom plano de estudos (falo disso mais adiante).
Mas se você não tem a mínima noção da distribuição das datas de provas e trabalhos, você está em um caminho certeiro para virar muitas madrugadas.
E não vai ser para curtir a vida com os amigos…
Normalmente este aluno “sem-agenda” – coitadinho – só lembra das datas importantes quando o professor dá um aviso em aula ou o burburinho da turma em torno daquela atividade começa a crescer.
Quase sempre já é tarde demais…
Então, se você é um estudante que se preza, faça um favor a si mesmo:
Pelamordedeus, tenha pelo menos uma agenda, mesmo que seja pequena e baratinha, e consulte-a todos os dias.
ERRO #2: Só ter a agenda…
Agendas são ótimas para empresários, dentistas e organizadores de festas. E se você tem compromissos, é melhor ter uma do que não ter nada relacionado a organização.
No entanto…
…uma agenda comum não atende muito bem as necessidades de quem estuda (nem aqueles “planners” lindos de babar que a gente vê nas papelarias…) . É virtualmente impossível estabelecer um plano de estudos com elas.
Um dos motivos é que além das datas importantes, existem também as tarefas do dia a dia: uma lista de exercícios, a leitura de um texto complementar ou uma pesquisa para aprofundar um ponto específico…
Mesmo tendo a agenda – como estas outras tarefas não tem data fixa – elas costumam ser anotadas em qualquer lugar (ou pior, em nenhum lugar).
Folhas aleatórias de cadernos, contracapas dos livros e pedaços de papel soltos no fundo da mochila são os mais comuns.
Isso deixa o estudante sem a menor noção das tarefas que estão por fazer, das que já foram feitas e das que estão em andamento. Ou seja, ele vai seguindo em frente às cegas…
Obviamente, o resultado não pode ser bom… as tarefas sem data e sem nota associada terminam simplesmente deixadas de lado. E, claro, a aprendizagem fica seriamente prejudicada.
E no entanto, pode ficar pior…
Na véspera da prova você pode descobrir que aquela lista de exercícios abandonada no mês passado será a base da avaliação. Só que não dá mais tempo de fazer tantos exercícios, muito menos de tirar dúvidas sobre eles… 😱
Uma ajudinha para a sua agenda…
Para que, mesmo de posse de uma agenda, você não entre na primeira prova em pleno ciclo do caos, você precisa de um local fixo para anotar tarefas sem data específica.
Esta é a famosa lista de tarefas. E, claro, ela só vai funcionar se você adquirir o hábito de anotar tudo ali:
- tarefas e trabalhos sugeridas pelos professores, mesmo quando não valem nota.
- subtarefas necessárias para concluir uma atividade maior
- tarefas que você mesmo identifica como importantes (tirar uma dúvida, reler um material que não foi bem compreendido, retomar uma lista de exercícios que ficou pela metade, etc…)
Ah, não precisa dizer que a lista é para usar, né? Na hora de estudar, consulte a sua lista, decida a tarefa mais importante e depois que terminar risque a tarefa da lista.
Aqui chega a melhor parte: a sensação de dever cumprido na hora de fazer um grande traço em cima da tarefa é maravilhosa! 😁
E se você quer montar a sua própria agenda, totalmente personalizada para a sua realidade e as suas preferências, participe da próxima turma do Organize seus Estudos.
ERRO #3: A grade horária expandida
Todo mundo tem o seu dia de inspiração.
Um belo dia, a pessoa “acorda” para o fato de que precisa estudar de forma mais organizada…
Quase sempre este “despertar” acontece depois de algum tipo de catástrofe ou quando a pessoa resolve perseguir um grande objetivo.
A catástrofe pode ser uma reprovação inesperada (ou várias de uma vez).
O novo objetivo pode ser um concurso, uma pós-graduação ou um vestibular mais concorrido…
Neste momento, todas as boas intenções se voltam para uma das poucas referências de planejamento que os estudantes conhecem: a grade horária.
E então a pessoa cria uma espécie nova: a grade horária expandida.
Ou seja, ela cria um grande quadro que vai das 5h da manhã até a meia-noite e começa por anotar todas as aulas e atividades regulares da semana nas suas devidas caixinhas.
Até aí tudo bem… mais ou menos…
Bom, pelo menos isso pode dar uma visão geral de como está o seu tempo disponível… 👍
O grande erro acontece logo a seguir… é ele que faz você cair novamente no ciclo do caos.
O erro básico da grade horária expandida
Então, depois de fazer o preenchimento básico, a criatura começa a preencher TODOS os espaços restantes com o que pretende estudar a cada hora do dia, cada dia da semana. Tudo isso descrito nos mínimos detalhes.
Nunca funciona… 😖
Basta um professor maluco marcar um teste em cima da hora, ou você ficar preso em um engarrafamento mais longo que o esperado ou até mesmo ter uma singela dor de barriga…
Qualquer mínimo imprevisto faz a sua grade “engessada” parar de funcionar. A partir daí ela vira uma fonte infinita de frustrações e de pressão para “colocar a grade em dia”…
Acabou… Game Over…
É o ciclo do caos de volta a sua vida… 😭
Porque ninguém gosta de sofrer…
Logo, você desiste da sua grade horária expandida, esquece que um dia acreditou nela e entra de novo na roda-viva de ir fazendo o que aparece na frente primeiro.
Se você é adepto das grades expandidas e acha que elas dão algum resultado para você, mas não quer cair neste erro, a dica é a seguinte:
Use a grade apenas para mapear a quantidade de tempo disponível para estudo individual durante a semana. Os detalhes (o que vai ser estudado em que dia) você decide na hora, com ajuda da lista de tarefas.
ERRO #4: O excesso de otimismo
Então, na época do vestibular, eu usei a grade horária expandida para me preparar. Afinal, era o que eu conhecia naquele tempo.
Até que funcionou razoavelmente (bem, acho que sim, já que passei para a UFRJ). No entanto a coisa só funcionou porque – instintivamente – eu usei algumas estratégias de proteção. Mais adiante eu falo delas.
Por enquanto, vamos falar do fator que tem a maior capacidade de encurtar a vida útil de uma grade horária expandida.
O excesso de otimismo. Também conhecido como falta de bom senso… 😳
Isso fica patente no plano de estudos da minha aluna do início do artigo. Veja bem:
- ela alocou 30 minutos para se deslocar 20km de ônibus (do estágio até o campus), almoçar e ir para a aula.
- ela tentou espremer a qualquer custo todas as aulas, um estágio, duas línguas estrangeiras e um TCC naquela grade.
- ela determinou que uma noite, a tarde de sábado e dois horários livres na semana seria tempo suficiente para estudar OITO disciplinas diferentes.
Por que chegamos facilmente a esses extremos?
Normalmente nós superestimamos o que somos capazes de fazer no curto prazo e subestimamos o que podemos alcançar no longo prazo.
É daí que nasce essa ansiedade louca de fazer tudo o que parece interessante ou importante ao mesmo tempo. A gente acredita que vai dar certo, mesmo que a conta das horas não feche.
E ainda pensa que se não fizer agora, não vai fazer nunca mais…
Além disso, na nossa sociedade é quase “chique” viver sempre muito ocupado e correndo para todo lado.
Claro que algumas oportunidades são realmente únicas, mas quando elas não cabem no seu já abarrotado dia, você vai precisar priorizar e fazer trocas.
Ou corre o risco de cair no autoengano. Ou pior ainda, colocar tudo a perder.
Não adianta pegar aquele estágio incrível e aparecer por lá sempre cansado, causando dia após dia uma péssima impressão.
Também não resolve tentar aprender mais uma língua se você não consegue tempo para estudar nem o vocabulário da primeira.
Portanto, a dica aqui é:
O seu dia (e o de todo mundo) vai continuar tendo só 24 horas. Aprenda a aceitar e viver (bem) com isso. E faça um plano de estudos de acordo com esta realidade.
E agora vamos ao erro final (e literalmente FATAL) …
ERRO #5: Descuidar da “máquina”
Alguns dos meus melhores alunos de toda minha carreira docente vinham de uma cidade distante da Universidade e fundaram juntos uma república chamada “República sem Miojo”.
Sim, os habitantes desta interessante república eram proibidos de fazer Miojo… 👏👏👏
Atualmente esses rapazes são pais de família e sócios em uma pequena empresa muito bem sucedida.
Talvez não seja por acaso… 😉
Estudantes em geral parecem ter duas formas favoritas de arruinar a sua principal ferramenta de trabalho, ou seja, o próprio cérebro…
- comer mal
- dormir pouco
Vamos falar de comida…
Cá entre nós, o nosso cérebro é um baita comilão!
Este pequeno rapaz consome cerca de 20% da glicose que consumimos. Portanto, ficar horas e horas sem comer prejudica até a nossa capacidade de caminhar. Imagine de aprender…
E não é só isso…
O cérebro precisa de muita hidratação e de nutrientes de qualidade para funcionar em sua plena capacidade.
Em outras palavras…
Se você costuma ficar o dia todo sem comer, tomando água quando dá e “arremata” tudo com dois pacotes de Miojo antes de cair desmaiado na cama, não espere poder exigir um desempenho decente do seu cérebro…
Isso é mais ou menos como deixar uma Ferrari parada um ano inteiro, colocar gasolina adulterada nela e achar que vai ser o próximo campeão da Fórmula 1.
E ainda tem o sono… Vamos lá, que o caso é grave!
Não vá para a aula com sono!
Pode parecer brincadeira, mas esse conselho é MUITO sério…
Se for só para marcar presença e ficar cochilando na carteira, melhor ficar em casa e dormir. MESMO!
Vou confessar uma coisa…
A cada nova pesquisa sobre o papel do sono na aprendizagem e na vida eu fico mais apavorada…
Quer saber alguns fatos, só para começar?
- uma única noite de sono insuficiente (menos de 7-8h) embaralha todo o seu desempenho cognitivo: raciocínio, atenção, memória, capacidade de tomar decisões e até a paciência com aquele professor implicante.
- a privação parcial de sono por apenas algumas semanas é suficiente para reduzir o tamanho do córtex pré-frontal (onde raciocinamos) e do hipocampo (onde são construídas as memórias)
- pessoas que dormem pouco estão mais propensas ao mal de Alzheimer e tem uma expectativa de vida menor.
Portanto, a verdade nua e crua é:
Se ter um plano de estudos ajudar você somente a ter mais tempo para dormir, ele já terá feito metade do trabalho por você.
Mas se você chegou até aqui, acho que você quer mesmo é o serviço completo, né?
Então participe do Desafio de 30 dias do Organize seus Estudos!🤗
Todo plano de estudos envolve escolhas
Lembra sobre os “sistemas de proteção” que eu disse que usava quando eu estudei para o Vestibular usando a grade horária expandida (um sistema que não é exatamente a oitava maravilha do mundo) ?
Só foi possível seguir aquela grade com alguma precisão porque eu foquei 100% no vestibular e estabeleci um limite razoável no número de horas de estudo.
Não fazia curso de línguas, nem estágio, nem aulas de tricô tunisiano. Só assistia as aulas normais do terceiro ano pela manhã e o fazia meu estudo individual à tarde.
Fim. Ou quase…
Eu parava rigorosamente às 18:30h. Nesta hora, ou eu ia para a natação – minha única atividade extra – ou via um pouco de TV com a família. Depois ia dormir cedo.
Um plano de estudos mínimo
Então, para tornar seus estudos MINIMAMENTE produtivos e fazer todo esse investimento de tempo, dinheiro e energia que você coloca neles valer a pena, eis o mínimo que você precisa:
- ter pelo menos uma agenda e uma lista de tarefas (e usá-las juntas)
- fazer da grade horária expandida apenas um guia dos horários livres para estudo. E não trocar um horário reservado ao estudo pela TV ou o Facebook. Reserve horários separado para eles.
- tenha bom senso quanto a quantidade de compromissos que você assume de cada vez. Sim, a vida é finita, mas tudo indica que ela vai ficar “mais finita ainda” se você não tiver tempo de dormir direito.
- Já falei em dormir? Durma o suficiente para acordar 100% descansado TODOS OS DIAS.
- alimente e hidrate o seu cérebro direitinho.
DICA: Se você anda assumindo compromissos demais ou, pelo contrário, não sente motivação nem mesmo para cumprir os atuais, talvez você esteja precisando analisar as suas metas.
Ou então, se tiver dúvidas e comentários sobre o artigo, escreva aí embaixo. Vou adorar saber qual o erro que você não vai mais cometer a partir desta leitura! 😍
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boa noite,Ana. meu sono é muito desregulado,durmo as 4 e acordo as 13. a madrugada é o horário que mais funciono.você acredita que devo mudar isso?se sim poderia me passar algumas dicas
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Oi, Kauan, se vc faz isso todos os dias, seu organismo já se acostumou. Vc está dormindo em torno de 9h, o que está dentro do que é considerado saudável. Então, só aconselharia a mudar se esse horário estiver comprometendo outras áreas da sua vida. Se for o caso, vá mudando aos poucos, dormindo meia hora mais cedo na primeira semana, depois uma hora, etc, até chegar ao horário que melhor funcionar p/ vc.
Abraço!
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Olá, Ana Lopes, sou eu aqui novamente, desculpe estar te incomodando tanto, mas é que eu quero tirar só uma uma dúvida, na verdade, eu pesquiso muito coisas sobre a mente, já li vários livros, dentre eles, Mapas mentais e memorização para provas e concursos de Felipe Lima, Use sua mente de Tony Buzan, Leia 900 palavras por minuto de Alberto Dell’isola, Leitura dinâmica e memorização de William Douglas, Super memória para concursos de Alberto Dell’isla e vários outros livros e artigos sobre técnicas de aprendizagem, Gerson Aragão, Renato Alves, Fernando Mesquita….. são muitos autores e na minha trajetória pesquisando mais e mais, alguns autores defendiam os “estilos de aprendizagem” que se destinam aos 5 sentidos, visão, audição, tato, paladar….. você sabe…. mas, eles defendem que cada um é mais desenvolvido em um tipo de canal, alguns são mais visuais, outros mais auditivos… bom, mas você acredita nessa teoria ? o que você tem a dizer sobre os estilos de aprendizagem ? será que essa teoria é verdadeira ? há pessoas que aprenderiam mais ouvindo do que vendo ? Aguardo sua resposta, na verdade, eu admiro muito o seu conhecimento sobre o cérebro Ana, um grande abraço.
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Oi, Alan. Parabéns pela sua dedicação ao tema. A questão é que muitos especialistas não se atualizam e é difícil mesmo se manter atualizado, as Ciências estão andando muito rápido. No caso dos estilos de aprendizagem, por exemplo, alguns neurocientistas já mostraram que essas teorias não tem muito sentido (você pode ler o livro “Por que os alunos não gostam da escola – https://amzn.to/2WV7muj). Vejamos, mais de 60% do córtex cerebral é dedicado à visão. Então a visão acaba tendo um papel fundamental para todo mundo. Além disso, a memória de longo prazo é visual e semântica (por significados) enquanto que a audição é mais ligada à memória de curto prazo (Outro livro que você pode ler e descobrir sobre isso é “O cérebro que não sabia de nada” https://amzn.to/2WsIRAj).
Abraço para vc1
Ana
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Puxa, muito obrigado, realmente tem muitos autores que precisam repensar o que dizem….
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Olá Ana, eu queria poder tirar uma dúvida com você, é sobre a memória visual e a memória auditiva, eu vi em um artigo, acredito eu, na verdade eu nem me lembro onde peguei, mas eu me lembro que ele falava que a memória auditiva era uma memória permanente, ou seja, uma memória que não está sujeita à curva do esquecimento.
Informações auditivas que são gravadas na memória por conta de repetições pode ser esquecida com o passar do tempo sem fazer revisões ? Você acha que a memória auditiva é mais permanente que a visual ou que ambas as duas estão sujeitas ao esquecimento se aquelas informações não forem revisadas ?
Para mim, as duas memórias são iguais, mas o que você tem a dizer ? parece uma pergunta meio boba, mas é que eu fico curioso com essas coisas e eu fiquei pensando sobre isso.
Aguardo sua resposta.
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É só uma curiosidade
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Eu fiz o mesmo comentário em outra postagem, pois meu comentário não estava aparecendo aqui.
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Olá, Alan, os comentários são moderados, pois nós, como proprietários do site somos responsáveis pelo que está publicado nele, mesmo que seja em comentários. Pelo que vi, você entrou na conta da Marly (ou vice versa) para perguntar o mesmo, já respondi, ok? 😉
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Entendo, obrigado por tirar minha dúvida, um grande abraço também.
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Oi, Marly, eu não sei onde você viu isso, mas é justamente o contrário. A memória de curto prazo é auditiva e a memória de longo prazo é visual e semântica (ou seja, baseada em significados). Além disso, mais de 60% do nosso córtex cerebral é dedicada a visão, logo a memória visual é muito mais efetiva que a memória auditiva.
Abraço,
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Excelente essas dicas. Estou compartilhando com minha filha e amigos.
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Obrigada pela divulgação, Ana!
Abraço! 😀
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Valeu muito esta leitura! Espero, ao menos, observar estes pontos com seriedade!
Obrigado, Prof. Ana!
Tiago
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Isso aí, Tiago. Vá fazendo ajustes que você irá conseguir!
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Isso, Hellen! A rotina é apertada, mas é sempre possível ajustá-la.
Saudações
Tiago
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Muito útil , fora da realidade para quem trabalha a noite , estuda pela manhã , tem filho(as) , mas eu concordo que por mais atribulado que seja a rotina de alguém , organização com bom senso é fundamental , também conheço caso de quem precisa trabalhar em dois para pagar a faculdade . Independente da rotina uma agenda deve fazer parte de todo mundo .
Particularmente eu tenho uma filosofia de vida , que é : fazer o melhor dentro das condições que tenho até ter condições melhores para fazer melhor ( Mário Sérgio Cortella) .
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De fato, Hugo, quem precisa trabalhar tem que ser AINDA MAIS ORGANIZADO, além de precisar saber estudar, de forma que o pouco tempo disponível seja mais bem aproveitado. Eu fiz o doutorado com filhos pequenos e no meio do caminho ainda estudava inglês todos os dias. É puxado, e a gente precisa fazer escolhas difíceis. Na época, o Orkut era febre, eu nem chegava perto. Meus amigos tiravam sarro que tinham que ligar para o meu marido para falar comigo, pq eu desligava o celular para estudar. Enfim, sim, a gente faz o melhor dentro das condições, mas também consegue melhorar as condições.
Abraço!
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Trabalho cerca de 13 horas (contando o transporte), gosto de estudar, mas essa rotina não consigo estabelecer uma rotina de estudos. Tem solução meu caso? Ou tenho de diminuir minha carga de trabalho?
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Oi, André. Eu fiz o doutorado com filhos gêmeos de 4 anos, sem família na cidade. Neste período ainda tive que dar um jeito de estudar inglês a fundo e um monte de matérias para fazer a qualificação, porque a minha graduação era em uma área diferente. Como eu expliquei para o Hugo, a gente às vezes precisa fazer umas escolhas não muito fáceis. Mas é viável sim, principalmente se você sabe se organizar e se você sabe estudar de forma a otimizar o uso do pouco tempo que tem. Tudo isso se faz com técnicas. 😉
Abraço!
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Boa noite,quem precisa trabalhar e estudar ao mesmo tempo?Como encontrar o equilíbrio nessa rotina atribulada?
Me dê uma dica !!! Preciso estudar urgente..
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Oi, Deusenilde. Realmente, esta é a realidade de grande parte das pessoas. A questão é conseguir fazer o pouco tempo disponível render o máximo possível. Isso passa por se organizar muito bem (como a gente ensina no Organize seus Estudos: https://organizeseusestudos.com.br/matriculas-abertas/?sck=blog-coment) e também por conhecer técnicas de aprendizagem que façam cada hora que você tem valer realmente a pena. Por exemplo, você pode ler mais rápido ou memorizar mais coisas em menos tempo. Para ler mais rápido (com alta qualidade), conheça o Acelere sua Leitura (http://aceleresualeitura.com.br) e para ter uma memória rápida e que não vai embora feito fumaça, conheça a Academia da Memória (http://academiadamemoria.com.br/). Aqui no blog mesmo tem várias técnicas, mas se você tem pressa e quer ir direto ao ponto, sugiro que identifique onde você tem maiores dificuldades e faça um desses treinamentos que fortaleça justamente os seus pontos fracos.
Abraço,
Ana