MA #19 – Instinto de aprender (parte 2/2)

Dando sequência a parte 1 desta vídeo-aula, hoje vamos ver algumas formas práticas de usar nossos instintos a nosso favor na hora de aprender alguma coisa.

Sem tempo de assistir? Leia a transcrição!

Olá tudo bem!

Aqui é Ana,

Esta é mais uma vídeo-aula do Mais Aprendizagem.

Em uma vídeo-aula anterior a gente começou a ver como usar o conhecimento que a gente tem hoje das partes mais primitivas do cérebro a favor da nossa aprendizagem.

A gente viu, por exemplo, como nós recebemos um bombardeio muito grande de informações vindo dos cinco sentidos o tempo todo.

Desta foram, nós precisamos de um sistema de filtros para ver primeiro o que a gente vai trazer para a consciência.

Depois a gente tem que decidir o que esta informação significa e como a gente vai reagir a ela.

Então se a informação indica perigo à gente vai mandar para o nosso cérebro reptiliano. No cérebro reptiliano a gente vai ficar naquela situação de congelar ou fugir ou lutar.

Contudo, se a situação for interpretada por uma situação tranquila, aí a gente manda esta informação para o córtex pré-frontal que é a onde acontece o raciocínio.

Caso esta informação seja uma informação que indica tranquilidade ai ela é mandada para o córtex pré-frontal.

Uma vez no córtex pré-frontal existem algumas informações que chamam mais atenção e que acabam sendo melhores analisadas.

Bom, agora vamos ver algumas estratégias que a gente pode usar para aprender de uma forma melhor. São informações que a gente acabou de descobrir sobre o nosso cérebro, as parte mais primitivas do cérebro.

A primeira coisa que é bem básica é que você tem que está em um ambiente seguro para conseguir aprender.

Se o seu cérebro detectar qualquer perigo, qualquer ameaça, física, psicológica, emocional ele ficará quase que paralisado.

Ele não vai conseguir processar a informação. Isto porque a informação não chega no córtex pré-frontal. Esta informação vai ser jogada no nosso cérebro reptiliano e nos vamos ficar naquela situação de tensão.

Agora nós vamos ver uma tática que será usada para estimular ainda mais esta sensação de bem estar e de segurança.

Esta tática, além de ser engraçada, ela é baseada em uma pesquisa que foi realizada em uma Universidade Americana.

Eles pegaram fotos de pessoas que estavam sorrindo, felizes e de pessoas que estavam mal-humoradas.

Estas fotos foram mostradas para os voluntários da pesquisa. Depois submeteram estas pessoas a algum tipo de situação de aprendizagem.

O resultado foi surpreendente. Fazia diferença na aprendizagem o fato da pessoa ter sido submetida a fotos de pessoas sorrindo ou mal-humoradas.

Professor mal-humorado não ajuda os alunos aprenderem.

O que você pode fazer com esta informação?

Você pode antes de cada seção de estudo olhar para fotos de pessoas de bom humor.

Bom, agora que você fez de todo o que está ao seu alcance para que aquela informação chegue onde levar chegar que é o córtex pré-frontal.

Outro aspecto falado anteriormente foi com relação à curiosidade. A curiosidade estimula a aprendizagem.

Desta forma, está na hora de você usar a sua curiosidade para aprender mais.

Uma forma de fazer isso é pegar, por exemplo, um livro e folhear antes de começar a lê-lo.

Ao folhear você começa a pensar mentalmente. Ah! O que vem pela frente? Você vai se estimulando para aprender mais através da sua curiosidade que vai brotando…

Um outro método é o que eu chamo de quebra-cabeça. Você pode usar um cronômetro ou um relógio comum.

Então neste método você estuda por um tempo fixo. Este tempo deve ser pequeno como a gente já viu em outras vídeo-aulas. Não adianta estudar por muito tempo.

Comece com 20 minutos. Em seguida você PARE. A partir dali comece a se perguntar: O que deve vir depois disso aqui? O que será que vem pela frente?

Uma técnica ótima de você usar com o método do quebra-cabeça são os mapas mentais.

Você pode estudar por um tempo fixo e montar um pequeno mapa mental em torno de alguma coisa que você rabiscou no seu material de estudo.

Em seguida, você pode olhar para este mapa mental e tentar imaginar o que ainda falta nele.

Se você tem um estudo longo para fazer, eu recomendo que você conjugue isso com algum tipo de aprendizagem espaçada.

Também tem lá no blog uma vídeo-aula falando da aprendizagem espaçada. Esta técnica de estudo é bem interessante e bem mais rápida.

Se você está usando uma aprendizagem espaçada típica que tenha seção de estudo de 20 minutos.

Você pode parar por 10 minutos e fazer o seu mapa mental rapidinho. Assim você vai verificando o que está faltando para completar.

E depois você pega e faz os próximos 10 minutos da aprendizagem espaçada. Em seguida vem um tempo de descanso.

Então, se você tem interesse na aprendizagem espaçada, deixarei a referência lá no blog embaixo do vídeo.

Este é o método do quebra-cabeça.

Outra coisa que a gente viu é que variações e mudanças em geral deixam o cérebro mais alerta.

Você pode usar durante a sua seção de estudo várias formas de variações para que o seu cérebro fique sempre antenado no que está acontecendo.

Então se você está escrevendo, você pode usar várias cores. Pode usar letras de tamanhos diferentes.

Outra coisa seria gravar a sua voz em diferentes modulações (calmo, mais rápido…).

Outra coisa que você pode varia é com relação ao lugar de estudar. Um dia você estuda no quarto, outro dia estuda na sala, outro dia na biblioteca. Enfim, vai variando um pouco o ambiente para não cair em uma monotonia.

Você pode varia também a sua postura de sentar. Sentar de diferentes maneiras, em diferentes lugares. Pode até deitar um pouco. Não pode é dormir.

Pode ler andando em um ambiente seguro. Você pode ouvir coisas ao caminhar.

Se você está usando mapas mentais, você pode estudar este mapa de cabeça para baixo. No início pode causa um certo estranhamento.

Então, estas são algumas ideias do que você pode usar dessas informações a respeito dos filtros que a gente tem e que a gente recebe do ambiente externo a seu favor.

Com esta parte da vídeo-aula foi bem prática, eu gostaria de ouvir de você o seguinte:

Você aplicou alguma dessas técnicas?

Se aplicou, qual o resultado?

Gostaria que você colocasse os comentários lá no blog. Caso você esteja assistindo no YouTube vá lá no blog porque lá tem mais possibilidade de eu responder.

No You Tube, eu deixo mais a vontade, só vou lá de vez enquanto.

No blog o ambiente é mais interessante para você assistir outros vídeos. Inclusive o blog está mais organizado e tal.

Então é isso que eu queria falar sobre este assunto.

Muito obrigado por ter assistido e até a próxima vídeo-aula do Mais Aprendizagem.

Tchau!!

21 Comentários


  1. Olá Ana, adorei os vídeos e assim q puder verei todos. Parabéns.

    Como sugestão acredito q seria interessante citar o nome do estudo e os seus autores, o das fotos de pessosas sorrindo e aprendizagem.

    Muito obrigada e continue.

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  2. Olá Ana!

    Conheci seu material hoje, e fiquei muito feliz por seu desprendimento em compartilhar de forma tão esclarecedora. Nos meus 49 anos foi identificado TDAH, e vejo que conhecer meu SO (Sistema Operacional) irá me ajudar e muito.
    Acredito que antes não era identificado por não haver conhecimento dos profissionais e por executar algumas atividade “não normais” do tipo: ler de cabeça prá baixo, andar de costas, ler andando no trânsito, e por ai vai, ao chegar a idade da responsabilidade foi ficando para traz e o quadro começou a aparecer e, claro, a incomodar.
    VOU VOLTAR A FAZER TUDO DE NOVO, apesar dos 51 anos de idade, pois quero estar ativo até o último suspiro!

    Obrigado e Deus te abençoe.

    Luis Carlos

    Responder

    1. Luiz, a sua força de vontade lhe estimulará a permanecer ativo…é isso aí!!
      Até.

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  3. boa noite ana

    teria como vc deixar o site de uma maneira d facil navegação como do primeiro post ou video aula ate o atual pq quero iniciar do começo e nao acho o ponto inicial

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  4. Olá, to conhecendo agora o site e já estou gostando muito.
    Ana, gostaria de saber se vc tem alguma técnica de organização para conteúdos físicos, explicando melhor, eu gosto de estudar vários assuntos diferentes e faço algumas anotações e eu gostaria de deixar essas anotações organizadas de uma forma que na hora que eu necessitasse rever eu encontrasse fácil é + ou – isso.

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    1. Oi Suiane normalmente eu uso pastas, aquelas pastas com quatro furos e plásticos para separar os conteúdos.
      É uma forma simples e que resolve a maioria dos meus problemas de organização de conteúdo.

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  5. Oi Ana, ótimo vídeo. Ana deixa aproveitar e te fazer uma pergunta, se você puder fazer um vídeo sobre ficaria eternamente grato e acho que muita gente por aí também.
    Já fiz três anos de cursinho e ainda não passei no curso que quero (Geologia). Tentei estudar sozinho esse ano 2013, consegui manter um estudo por no máximo 2 – 3 meses sequencialmente (É dificil para mim estudar várias materias ao mesmo tempo). Estava pensando em voltar a fazer cursinho no ano que vem 2014. Poderia me dizer as vantagens e desvantagens sobre isso ?
    Grato
    Marcelo

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    1. Marcelo, Albert Einstein já dizia que se você fizer a expressão do mesmo jeito, você vai receber sempre o mesmo resultado.
      Acredito que você já fez 3 anos de cursinho deve lhe faltar técnica de estudo.
      Então eu sugiro aprender técnicas de estudo, antes de tentar voltar a estudar as matérias necessárias para você passar em uma instituição superior.
      Aqui no Mais Aprendizagem mesmo a gente tem várias técnicas que você pode aproveitar na sua jornada.

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  6. Ana, você poderia dar a referência da pesquisa das fotos na universidade americana? Obrigado

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    1. Paulo, eu até procurei, mas li esse material faz um tempinho. Concordo com vc que é legal ter referências, e vou procurar dar mais atenção a elas, mas quero evitar o engessamento do academicismo exagerado por aqui, ok?
      Ah, se eu achar a referência, eu te passo, tá?

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  7. Tenho sido um aluno assíduo das suas aulas sobre aprendizagem. Sou professor e também estudo bastante, razão pela qual seus ensinamentos têm tudo a ver com a minha atividade profissional. Parabéns pelas aulas bem didáticas e interessantes.

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  8. Oi Ana,estudo para concurso e todas as vezes que assisto seus videos vou colhendo alguns dos seus ensinos e acrescentando na minha maratona de estudos!!parabens.Deus lhe abençoi bem muitao!!abraço!

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  9. Oi Ana.
    Estou gostando muito de suas aulas Estas duas últimas complementaram minhas dúvidas.
    Tenho estudado utilizando a aprendizagem espaçada e mapas mentais, o resultado tem sido surpriendente.
    Adorei a idéia do mapa mental de cabeça para baixo. Acho que algumas coisas já fazemos quase que por instinto. Como por exemplo, andar enquanto lê ou mudar de quarto ou de cadeira ou escrivaninha são coisas que tenho feito, mesmo porque o assunto que estou estudando é longo e cheio de detalhes.
    Grande abraço e obrigada.

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    1. Muito obrigada Eloisa. Realmente a junção da aprendizagem espaçada e mapas mentais é uma coisa muito forte. É isso que a gente usa inclusive no método AM3. Isso e mais algumas técnicas. A mistura é realmente muito forte.

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  10. adorei a vídeo-aula. já uso a aprendizagem espaçada, que tem melhorado muito minha concentração, e agora vou complementá-la com essas dicas 😉 Obrigada Ana.

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