Se o “tal” se chama livro didático, por que afinal de contas ele é mais difícil que os outros? 😕
Teremos uma seção inteira deste artigo para responder isso, continue lendo já já chegamos lá.
Este tema é importante, por causa desta dificuldade, muita gente acaba baseando quase toda a sua aprendizagem nas notas de aula do professor. Em outras palavras, o livro didático fica esquecido em um canto.
Tem gente tão viciada nos slides de aula que já nem compram os livros indicados…
E deixa eu te dizer sem meias palavras: isso é uma péssima ideia. 😩
Claro que você já sabe que ler um livro didático é uma experiência completamente diferente de ler um livro “comum”. Por outro lado, isso não quer dizer que não possa ser uma experiência interessante, enriquecedora e até mesmo divertida.
Desde que você saiba como tratar este tipo de livro… 😉
Neste artigo você vai descobrir como tirar o máximo de aprendizagem dos seus livros didáticos, mas as dicas também servem para os livros técnicos e artigos técnicos e científicos.
Você também vai descobrir o que você NÃO deve fazer quando estiver lendo um livro didático! 😮
Eis o que você encontra aqui hoje:
- Por que o livro didático parece tão mais difícil? (3 motivos);
- Por que você deveria ler (pelo menos alguns) livros didáticos inteiros;
- Livros didáticos: o bom, o ruim e o inevitável;
- A “Técnica da Esperança”: como NÃO enfrentar os “monstrinhos”;
- Será o SQ3R a espada Jedi da salvação?;
- O que você vai encontrar na parte 2 do artigo…
Você também encontra neste artigo duas playlists de vídeos:
Por que o livro didático parece tão mais difícil?
Existem 3 razões principais que podem tornar a leitura do livro didático bem mais complicada que outros tipos de leitura. E certamente isso é verdade até mesmo para quem lê bem e tem o hábito de ler com frequência.
Motivo #1: Muita novidade para seu “pobre” cérebro.
Pesquisas em Ciência Cognitiva mostram que a nossa tolerância para palavras desconhecidas na leitura de qualquer texto é de apenas 2%.
Este valor é usado, por exemplo, para escolher livros adequados ao nível de estudantes de língua estrangeira.
Em torno dos 2%, a compreensão e principalmente a motivação para ler ficam comprometidas, e se passar um pouquinho além disso, o cérebro já começa a desligar…
Ora, se você parar para pensar, no caso dos livros didáticos, a maior parte do que você encontra são informações desconhecidas. Palavras novas, ideias que você nunca tinha pensado antes, conceitos e definições complexas.
Isso faz com que a maioria dos textos dos livros didáticos estejam bem acima do nosso limite de tolerância de 2%. Como resultado, tornando-os menos atrativos para o seu cérebro.
Motivo #2: Alto Nível de Abstração.
Livros comuns em geral tratam de assuntos mais concretos, mais ligados ao nosso dia a dia. Enquanto isso, temas acadêmicos encontrados nos livros didáticos normalmente tem um nível de abstração bem mais alto.
Isso acontece porque a maioria dos temas acadêmicos são resultado de séculos de elaboração, realizada por muitas mentes, de várias gerações. E também por causa da próximo motivo desta lista…
A questão é que quanto mais um tema é elaborado pelos especialistas, mais abstrato ele fica.
Para piorar, o nosso cérebro não evoluiu muito bem para lidar com abstrações.
Os melhores autores de livros didáticos fazem um trabalho muito grande de associar os conceitos abstratos a elementos concretos que (eles acreditam que) já façam parte do conhecimento prévio do aluno.
No entanto, nem todos os autores sabem fazer isso bem. Por outro lado, outros ainda, preferem simplesmente não “descer do pedestal”… 🤦♀
Entenda o problema do “nível de abstração” com um exemplo concreto
No caso da matemática, o processo de aumento do nível de abstração é fácil de entender: a humanidade começou contando pedrinhas (bem concreto), passou para aritmética, depois álgebra, cálculo… e por aí vai. Cada nível de conhecimento é construído sobre os anteriores e tende a ser mais abstrato.
E não se engane! O aumento da abstração se dá em todas as áreas, só que na maior parte das vezes ele não é tão claro e organizado como na matemática.
Pense em referências literárias ou filosóficas… ou em todos os sistemas que um médico precisa conhecer para entender a evolução das doenças… 😟
Isso é ainda mais crítico para quem não passou pelo processo de construção daquele conhecimento. O que nos leva ao próximo item da lista…
Motivo #3: Falta de base do estudante.
Algumas vezes os autores de um livro didático fazem um belo trabalho de criar um texto REALMENTE didático. Porém o estudante não possui o conhecimento prévio necessário para entender o material naquele nível.
É a famosa falta de base. Dez entre dez estudantes sofrem deste mal, em uma ou outra área de conhecimento.
Este é o famigerado “efeito média cinco”: o nosso sistema educacional manda para a frente todos os alunos que tenham demonstrado apenas 50% de aproveitamento.
Obviamente, os outros 50% em algum momento vão fazer falta… 😓
Ah, chega de problemas! Precisamos de Soluções. 👏 👏👏
Antes disso, vamos entender porque este é um problema importante de se resolver.
Por que você deveria ler (pelo menos alguns) livros didáticos?
Agora vamos lá: se o seu professor tem uma apostila incrível de notas de aula ou de slides detalhados, para que investir tempo (e talvez um bom dinheiro) com um livro didático?
Mesmo que isso resolva o problema imediato das notas, não ler o livro didático de uma disciplina é um grande prejuízo para a sua formação.
Vamos ver por quê… Comecemos pelo material fornecido pelo seu professor.
Mesmo os melhores slides ou apostilas do mundo correm esses riscos…
Elem pode até ser muito bons de verdade, mas…
- Não passam pelos critérios rigorosos de revisão e atualização de um bom livro didático;
- Raramente contém todo os tópicos do livro, já que 99% dos professores não conseguem cumprir o conteúdo programático;
- Ele pode omitir partes do assunto que o professor não goste, ou talvez não esteja a fim de discutir em aula ou quem sabe até esteja inseguro sobre elas.
A grande oportunidade perdida…
No entanto, o mais grave é a enorme oportunidade perdida, principalmente se:
- O seu professor é bom mesmo naquilo;
- Aquele tema é diretamente ligado ao rumo que você quer dar para sua carreira.
Pergunte-se honestamente:
Em que outras circunstâncias da vida você terá um especialista no assunto a sua inteira disposição para ajudar você a desvendar os detalhes mais delicados do livro?
Além disso, ler os livros didáticos a fundo e de capa a capa é algo que poucas pessoas fazem. Logo, ler pelo menos os livros didáticos mais próximos a sua área de interesse vai te dar um conhecimento muito mais abrangente. E isso pode se traduzir em uma enorme vantagem profissional.
Afinal, o “tio” Bill Gates já disse:
Se você quer chegar onde ninguém chega, faça aquilo que ninguém faz.
Em tempos de mercado de trabalho ultracompetitivo, fazer algo além do básico pode ser a diferença entre ter um bom emprego ou ter que desistir da carreira antes de começar. 💔
Diante disso, como fazer para enfrentar esses “monstrinhos” chamados livros didáticos e não sermos “vencidos” nem ver a nossa motivação ser “devorada” por eles?
Livros didáticos: o bom, o ruim e o inevitável
Conheço muita gente que chega a se arrepiar à vista de um livro didático. Mas não é para tanto! Afinal…
Até mesmo os “monstros” têm seu lado bom 😃
Como já vimos no início do artigo, a principal característica dos livros didáticos é o fato de que eles tem o propósito explícito de ensinar alguma coisa de forma direta e, se você tiver sorte, “didática”.😆
Para cumprir este propósito, um bom livro didático vem com alguns itens que você não encontra facilmente em livros comuns:
- Imagens;
- Gráficos;
- Diagramas;
- Trechos destacados;
- Exemplos;
- Resumos;
- Textos complementares;
- Exercícios.
Todos estes elementos são ferramentas para facilitar o entendimento e esclarecer aquilo que está sendo dito no texto. Posteriormente vamos ver a melhor maneira de tirar proveito desse material riquíssimo.
Porém não se engane, ele continua sendo um “monstrinho”…
Em suma, se por um lado o livro didático usa várias estratégias para tentar facilitar as coisas, por outro lado algumas características deles podem se tornar obstáculos para a própria aprendizagem que ele se propõe a ajudar.
Textos didáticos tendem a ter uma linguagem mais rigorosa, além de serem longos e prolixos. Então, não é à toa que a maioria dos livros didáticos seja enorme.
NÃO era uma vez…
Um outro aspecto desfavorável dos livros didáticos é que eles não possuem uma estrutura de história (a não ser que você esteja estudando uma disciplina de História).
As histórias são melhor memorizadas e compreendidas, porque elas são uma forma natural de expressão do nosso cérebro.
Se você tem dúvidas sobre isso, pense comigo:
Do que você consegue se lembrar mais coisas e com mais facilidade: de um filme de duas horas que você viu no cinema ou de uma videoaula de duas horas?
Você tem o que é necessário para encarar esse “bicho”?
Conforme já vimos, o livro didático sempre presume que você tenha algum tipo de conhecimento prévio. No linguajar técnico, estes seriam os prerrequisitos para o livro.
Na verdade, o impacto do conhecimento prévio acontece em todo tipo de leitura, mesmo de livros de ficção.
Em que endereço você quer receber 3 super dicas para turbinar sua leitura?
Afinal de contas, o conhecimento prévio ou conhecimento do mundo ou ainda conhecimento geral afetam a qualidade de qualquer tipo de leitura, como a Ciência Cognitiva já mostrou amplamente. (Veja por exemplo o livro do pesquisador americano Daniel Willingham: Porque as crianças não gostam da escola)
No entanto, no caso de livros didáticos esse conhecimento prévio é muito mais específico. Então, se a pessoa que está lendo não conhece bem os pré-requisitos, o grau de dificuldade que ela vai enfrentar para compreender o novo conhecimento é muito maior.
Não se desespere ainda… vamos continuar lendo, que tudo na vida tem solução. 😉
Antes de pensar nas boas soluções, vamos deixar bem claro de que tipo de “solução” você deve fugir…
A Técnica da Esperança: como NÃO enfrentar os “monstrinhos”
Quantas vezes você lê não importa, como você lê é essencial.
Virginia Voeks
Vamos começar pela técnica que você não deve usar (e que provavelmente já usou muito e talvez ainda use).
Chamo esta estratégia de Técnica da Esperança.
Não me leve a mal!
Ter esperança é uma coisa boa, na maior parte das situações. No entanto, esta não pode ser a sua única “técnica” quando você está tentando se tornar um bom profissional, passar naquele concurso concorridíssimo ou entrar em uma boa faculdade.
Esta “técnica” consiste em ler e reler o texto infinitas vezes, sempre do mesmo jeito, com pouca ou nenhuma interação ativa com ele.
A pessoa faz isso na esperança de que de alguma maneira “misteriosa” a informação se fixe em algum recanto igualmente “misterioso” da sua memória. 🙄
O principal problema com a “técnica da esperança”, além do ENORME tempo gasto, é que ela é passiva ao extremo. Juntando isso ao fato de que não há uma história para envolver o seu cérebro, é muito difícil manter a concentração em meio a tanta passividade.
Pode ser que na primeira leitura você até consiga prestar uma atenção razoável ao texto. Porém, da segunda leitura em diante, as coisas começam a se complicar…
Ao ler o mesmo texto, do mesmo jeito, com a mesma postura passiva, o seu cérebro – que é um grande viciado em novidades e que odeia a repetição – vai simplesmente começa a desligar.
Você certamente conhece os efeitos desse desligamento…
De repente, você percebe que passou os olhos por parágrafos inteiros pensando em outra coisa completamente diferente do que estava escrito.
Ou então começa a sentir um sono insuportável…
Não é difícil imaginar que a probabilidade de você efetivamente compreender, memorizar e, mais importante, descobrir como aplicar aquela informação é muito muito, muito pequena. 😞
Moral da história:
Se você quer ter esperança verdadeira de alcançar o seu objetivo de aprender alguma coisa com um livro didático, NÃO use a Técnica da Esperança. 😉
E antes de aprender uma técnica mais recomendável para encarar seus livros didáticos, você pode usar algumas destas 3 dicas rápidas para melhorar a sua concentração:
Será o SQ3R a espada Jedi da salvação?
Você provavelmente já ouviu falar do método SQ3R. Ele é um método bastante famoso e até mesmo sugerido nas páginas de apoio ao aluno de várias grandes Universidades nos Estados Unidos.
O método SQ3R foi descrito pela primeira vez em 1946 por um psicólogo educacional chamado Francis Robinson, no seu livro Effective Study (Estudo Efetivo).
Caso você não conheça, ele é composto de 5 etapas, geralmente usadas em cada capítulo:
- Survey (pesquisa): em primeiro lugar, esta é a hora de usar todos os elementos extras que o seu precioso livro didático traz para você: figuras, resumos, exercícios e todo o resto. Acima de tudo, você deve ler este material antes da leitura principal;
- Question (questionamento): aqui você se faz perguntas a respeito do que você acha que poderá encontrar naquele texto. Os defensores mais ardorosos do SQ3R sugerem que você escreva as perguntas. Entretanto, considero que apenas fazer as perguntas mentalmente é igualmente eficiente e menos desmotivante;
- Read (leitura): agora sim você vai fazer a leitura completa do texto. E lembre-se: não é hora de acelerar a leitura (isso você pratica em outros livros). Mas também não é hora de ler feito tartaruga manca. Você vai usar a sua “velocidade de base”: nem muito rápida, nem muito devagar. Ou seja, apenas confortável. Para saber o que é velocidade de base e como aumentar a sua, veja este outro texto;
- Recite (recitação): aqui você deve tentar explicar o texto para si mesmo, recitando o que acabou de ler. Você pode fazer isso a cada parágrafo ou ler trechos maiores antes de recitar. Novamente um alerta a respeito do SQ3R clássico: não reescreva o livro. Em conclusão, faça o exercício mentalmente;
- Review (revisão): Agora é hora de revisar o material lido. A maioria das descrições do SQ3R sugere que você revise relendo ou respondendo as perguntas. Pessoalmente, acredito que fazer um mapa mental é bem mais produtivo. Mas isso já seria outro artigo, na verdade um curso inteiro. 😉
O SQ3R sob o microscópio…
Em outras palavras, tudo indica que SQ3R foi baseado na própria experiência do autor do Effective Study, tanto como estudioso, quanto como professor.
Depois disso, algumas pesquisas – não muitas – foram feitas tentando definir se o SQ3R de fato afetava o desempenho dos estudantes de forma positiva. Todavia, como foram poucas pesquisas publicadas, é difícil estabelecer uma conclusão definitiva sobre ele.
Por outro lado, mesmo artigos bastante críticos ao SQ3R (como por exemplo este que você pode ver clicando aqui) admitem que existem alguns indícios bastante razoáveis de que o método SQ3R de fato melhore o desempenho de quem o aplica para estudar.
Além disso, o mesmo artigo também comenta sobre outras vantagens do SQ3R, como facilitar o estudo individual, criando assim uma cultura de independência do professor.
Por que o SQ3R faz sentido e você deveria experimentar
As práticas sugeridas pelo SQ3R estão bastante alinhadas com vários resultados de pesquisas recentes em Ciência Cognitiva na área da leitura.
Quando temos um método de aprendizagem que faz sentido apesar de não ter uma enorme quantidade de pesquisa direta sobre a ele, uma boa ideia é experimentarmos por nós mesmos.
Aliás, essa é uma prática saudável mesmo com métodos amplamente comprovados. Afinal, as pesquisas são baseadas em estatísticas. Portanto sempre tem alguma margem para erro.
Além disso, existe a possibilidade de que para aquele método em particular, você seja o que se chama “ponto fora da curva”. Em outras palavras, o método é ótimo para a maioria das pessoas, mas você não se encaixa no perfil desta maioria que se beneficia dele.
Logo abaixo você tem uma playlist de vídeos que gravei há um bom tempo demonstrando o uso do SQ3R.
ANTES de irmos a ela, fica a sugestão:
Experimente o SQ3R em alguns temas diferentes, até que a parte 2 deste artigo saia.
O que mais vem por aí:
Nela vou mostrar um outro método para ler livros didáticos. É um método com princípios parecidos com o SQ3R, só que mais moderno, ágil e divertido. 😃
Além disso, também vou explicar:
- Como “desenrolar” trechos complicados;
- Como lidar com livros didáticos que são muito difíceis do início ao fim;
- Como fazer anotações que ajudem a sua aprendizagem ao invés de atrapalhar.
Além destes temas, existe algum outro relacionado a leitura de livros didáticos que você gostaria de ver aqui?
Deixe o seu comentário ou dúvida aí embaixo. Ou então leia a parte 2 do artigo, talvez ela esteja respondida lá!
Ah, agora sim, os vídeos!
São vídeos um pouco antigos, mas ainda valem a pena, principalmente para quem gosta de ver as coisas na prática!
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Olá! muito legal esse artigo com muitas novidades que preciso colocar em prática. Assim como os colegas citaram acima eu também acompanho o trabalho da Ana a muito tempo e sempre que estou com dificuldades para estudar procuro ajuda aqui.
Parabéns Ana! seu trabalho tem alcançado muitas pessoas.
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Muito bom receber o seu feedback, Elias. E agradecemos por sempre nos acompanhar.
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Seus artigos e vídeos sempre são instrutivos e práticos. O que os torna mais prazerosos é o fato da paixão pelo que você faz impresso em cada palavra. O bacana que você disponibiliza tudo esse material gratuitamente, o que é raro. Parabéns e que Deus te ilumine cada vez mais.
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Opa, Leandro! Agradecemos o seu feedback, que bom que tem gostado dos artigos.
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Ana, acompanho seu trabalho há um tempão e sempre me admira sua clareza e abordagem do assunto que me encanta, aprendizagem. Obrigada!
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Olá, Joana, obrigada pelo seu feedback, que bom que continuamos contribuindo para a sua aprendizagem.
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Oi Ana,
Difícil eu comentar, mas acompanho o seu trabalho há algum tempo e estou sempre por aqui. Também sou uma apaixonada pela arte de aprender a aprender (e ajudar as pessoas a ‘chegar lá’) 🙂
Como eu estou entrando numa fase de estudo autodidata de diversos temas, vinha pelo caminho pensando em como estudar por livros didáticos, que anotações seriam eficientes… Ao abrir o e-mail a linda da Ana Lopes havia respondido minha dúvida antes de eu perguntar.
Agora fico aqui ansiosa, aguardando a parte 2 do artigo <3
Gratidão pelo seu trabalho, Ana.
Você transforma vidas!
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Uau, Gláucia, que coisa boa de se ler… grata pelo seu comentário, iluminou meu dia… <3