Pontos fortes na aprendizagem

Use seus pontos fortes para aprender em alto nível 2

O Fora de Série e o Descubra Seus Pontos Fortes são dois livros muito interessantes, baseados em pesquisas acadêmicas. Entretanto, eles defendem pontos de vista que parecem totalmente contraditórios.  E a questão que se coloca é a seguinte:  

O talento é a coisa mais importante para determinar o desempenho cognitivo de alguém? Ou, ao contrário, qualquer pessoa pode desenvolver qualquer talento desde que faça da forma certa?

No vídeo passado, eu falei sobre o livro Fora de Série, que ficou famoso por defender que o talento não é tão importante como as pessoas pensam. Para assisti-lo, CLIQUE AQUI. Nesse vídeo, eu comento sobre o livro Descubra Seus Pontos Fortes que defende ideias bem diferentes daquelas que Fora de Série defende.

As ideias do Fora de Série podem ser resumidas como: o talento não é tão importante e, se você dedicar o número de horas suficientes focando na prática deliberada naquela habilidade que você quer desenvolver, você pode ter um desempenho muito bom em qualquer área que você se dedique. A prática deliberada, por sua vez, é baseada em uma pessoa pegar seus pontos fracos e “atacar” cada um deles.

Já o livro Descubra Seus Pontos Fortes tem um ponto de vista diferente. Ele é baseado em pesquisas com mais de 2 milhões de pessoas, feitas pelo autor Marcus Buckingham em parceria com Instituto Gallup. Buckingham estava trabalhando com empresas com o objetivo de descobrir quais eram os fatores que mais influenciavam as pessoas que tinham alto desempenho profissional.

E a conclusão é a seguinte: o ser humano trabalha em 34 áreas de atuação e cada um de nós atua bem em 5 delas. E são estes 5 temas que definem os nossos pontos fortes.

As 34 áreas ou temas

Essas 34 áreas são chamadas de “temas”. Um exemplo é o tema da competição: uma pessoa que tem um tema da competição muito forte tem um  bom desempenho cognitivo quando o ambiente estimula e premia a competição. Se o ambiente não for competitivo, a pessoa tende a ficar desestimulada e não terá um desempenho tão bom assim.

Outro tema é o da conexão. Para ter um bom desempenho, uma pessoa que tem o tema da conexão muito forte precisa estar em um ambiente onde ela se sinta conectada – com as pessoas, com os projetos e com o ambiente em si.

Outro exemplo é o tema da harmonia: são pessoas que funcionam melhor em ambientes harmônicos e tranquilos.

O tema da intelecção é outro exemplo: são pessoas que funcionam muito bem quando aquilo que elas estiverem fazendo exigir um grande envolvimento intelectual. São pessoas que estudam muito, pensam muito e analisam com profundidade as coisas.

Um tema diferente é a prudência: essas são pessoas que funcionam muito bem em ambientes onde elas têm a chance de agir com prudência. São pessoas que precisam pensar e ter todas as informações antes de tomar uma atitude.

Um ponto interessante é que não existem “temas específicos” que definem de forma exclusiva o que é uma pessoa de alto desempenho. Cada pessoa terá os seus temas e trabalhará de acordo com eles. É isso que completa a nossa conclusão: as pessoas que apresentam alto desempenho nas suas atividades são pessoas que trabalham com os cinco temas dominantes DELAS. Ou seja, se trabalharem na maior parte do tempo usando esses temas, as pessoas tentem a ter alto desempenho cognitivo.

Por que isto acontece?

Os seus cinco temas dominantes definem o que é a “zona de conforto” para você – que é diferente de uma pessoa para outra. Quando você está trabalhando dentro da sua zona de conforto, você trabalha com mais eficiência. Isto porque você tende a fazer menos esforço para atingir um determinado resultado e portanto terá um desempenho melhor em comparação com a média das pessoas. Ou seja, você terá alto desempenho.

A partir dessa conclusão, para se desempenhar bem, e melhor que a média das pessoas, o autor propõe que você descubra quais são suas áreas dominantes e foque o seu trabalho nelas. Ou seja, procure por ambientes e situações de trabalho onde você possa usar aquilo que é mais confortável para você.

Essas áreas ou temas dominantes são consideradas “pontos fortes” pelo autor Marcus Buckingham – por isso o título do livro. Se você tiver interesse em fazer o teste, pode comprar um código de acesso. ATENÇÃO: 1) no momento desta publicação, o site em português do livro não estava funcionando. 2) Não tenho nenhuma filiação ao pessoal do livro ou do teste, apenas forneço o site do teste aqui a título de curiosidade. 

Pontos Fortes X Pontos Fracos

Agora vamos ao coração da polêmica entre os dois livros: para Buckingham, os pontos fortes são equivalentes aos talentos naturais. Então, para ele, quando você está atuando em um talento natural, você tem um maior desempenho com um menor esforço. Mais do que isso, a pesquisa dele conclui que os seus 5 pontos fortes praticamente não mudam ao longo da vida. E este é o grande ponto de discórdia entre o Fora de Série e o Descubra Seus Pontos Fortes.

Buckingham só admite que você trabalhe nos pontos fracos se você trabalhar em regime de redução de danos. Vamos ver o que é isto:

Suponha que você está, na sua carreira, trabalhando em cima dos seus pontos fortes, mas de repente surge uma determinada situação em que exige de você certa habilidade que não faz parte dos seus pontos fortes.

Exemplo: um funcionário ganha uma promoção na empresa e passa a ter um cargo de chefia. Para isso, ele precisa ter uma boa comunicação, tanto para gerenciar as pessoas que ele lidera, quanto para falar com a chefia de outros setores e, até mesmo, com os consumidores. Mas o que fazer se este funcionário não tem a comunicação como um ponto forte e, pelo contrário, é uma pessoa extremamente tímida?

A comunicação é um ponto importante para a maioria das pessoas e, para o cargo de chefia, ela se torna um ponto crítico. A falta de comunicação pode começar a prejudicar a carreira desse funcionário caso ele não consiga expressar suas ideias adequadamente ou tenha conflitos com os demais colaboradores da empresa. Nesse caso, é necessário trabalhar este ponto fraco para melhorar a comunicação. Ou seja, o funcionário recém-promovido deve fazer um curso para aprender a se comunicar melhor, ler livros sobre o assunto e praticar técnicas para reduzir os danos que a falta daquele ‘ponto’ está causando.

Isto é o aposto do que o Malcolm Gladwell propõe: para ele, não importa muito “ter talento” ou “não ter talento”. Você pode – e deve – trabalhar seus pontos fracos por meio da prática deliberada e o seu desempenho será proporcional ao número de horas que você se dedicar a isso.

A questão é: o que realmente funciona, já que essas duas ideias são baseadas em pesquisas?

Eu ainda não vou dar a MINHA resposta para essa pergunta agora. Ela virá em um terceiro vídeo. Antes disso, eu gostaria que você participasse da discussão: você acha que, através da prática, é possível desenvolver uma habilidade que antes você nem sabia que tinha? Ou você acha que é melhor que uma pessoa desenvolva seus pontos fortes ao máximo para tornar-se boa em alguma coisa? Como é que isso tem funcionado na SUA realidade?

Deixe seu comentário lá embaixo da página! Fico aguardando e, no próximo vídeo, vamos tentar fechar algumas coisas em relação a esse conflito entre as ideias destes dois pesquisadores. 🙂

63 Comentários


  1. Estou dois anos atrasado, mas…

    Fico com Marcus Buckingham. Penso que há tempos as pessoas são focadas em seus pontos negativos e como aperfeiçoá-los. Aliás, eu fui sempre assim e, infelizmente, como muitos que vejo, mal saí do lugar. Agora, porém, que descobri meus temas, sinto-me tremendamente tranquilo sobre aquilo que não sou bom. Me sinto tão leve. Invés de me preocupar com 1000 pontos falhos, posso me concentrar em 5 pontos positivos e (sei que é o que vai acontecer) deslanchar. A maior questão pra mim é como vou intercalá-los e como os usarei em prol do trabalho.

    Isso que disse não quer dizer que descorde totalmente de Malcolm Gladwell. Não li seu trabalho, mas tenho uma ideia já formada: por mais que me esforce e me dedique, jamais jogarei o futebol de Messi ou cantarei como Bocelli. Pra mim é simples assim. Posso melhorar? Claro que posso! Mas é preferível dedicar-me ao meu “dom”, onde Messi e Bocelli poderão jamais chegar…

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  2. Oi Xará 🙂
    Então, acho que comigo rolam as duas coisas… Para estudar eu preciso estar confortável, estar gostando daquilo, porque se não não rola, mas eu preciso voltar a dirigir e não imagino outra alternativa a não ser a prática deliberada.

    Acho que é isso… Comentário curtinho dessa vez rs

    Obrigada!

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  3. Ana

    Sinceramente não opinião formada, mas o que acredito é que perdemos muito tempo e energia, tentando melhorar o que não somos bons, e que seria muito melhor potencializar no que somos melhores.
    Fica mais fácil ser EXCELENTE naquilo que somos bons, do que ficarmos RAZOÁVEIS naquilo que somos ruins
    Acontece que a vida toda , somos “obrigados”a melhorar e que somos ruins, desde a época da escola , até no mercado corporativo, nas avaliações são destacados o que precisamos melhorar.
    E voce ? qual é a sua opinião

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    1. Obrigado pelo sua opinião a cerca destas duas propostas dos livros em questão.
      A gente pode pensar também que na realidade são escolhas, Beni.
      É importante salientar que cada escolha envolve ganhos e perdas.
      Se ficarmos constantemente onde achamos que chegamos ou estamos poderemos ir estagnando a nossa própria compreensão das coisas.
      A ideia seria sair da nossa zona de conforto.
      Enquanto as coisas estão bem e o que vc já sabe lhe fornece aquilo que vc precisa na sua vida, vc provavelmente não irá aprender coisas novas.
      A melhor zona de aprendizagem é quando vc está distante daquilo que vc já conhece.
      Pense nisso!!
      Até a próxima,
      []s
      Marcelo

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  4. Ana, parabéns pela série! Poderias dizer quais são os 34 pontos fortes tratados no livro?

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    1. Andrade, aguarde mais um pouco, pois estamos preparando um vídeo sobre isto.
      Até +,
      []s
      Marcelo

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  5. Li os dois livros também, concordo com buscar seus talentos, aquilo que você gosta/tem facilidade de fazer e se preocupar com os pontos fracos apenas se eles estiverem te atrapalhando. Seus pontos fortes tem que ser aquilo que você tem paixão e te motiva a desenvolver, trabalhar nos pontos fracos tende a te desanimar, portanto apenas se precisar mesmo.Porém acredito na prática deliberada, inclusive em seus pontos fortes, pois mesmo que a pessoa tenha um ponto forte o seu desenvolvimento vai depender de colocar a mão na massa de forma correta.

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  6. Acho que o tempo pode ser um diferencial na escolha do método de aprendizagem. Para quem tem tempo disponível, e deseja se dedicar a algo que não tem talento, o pensamento de Gladwell pode ser o mais adequado. Mas quando não há tempo, o ideal é focar nas virtudes. O tipo de conhecimento que se quer dominar e o grau de excelência que se pretende atingir também podem se apresentar como outros diferenciais na escolha do método. Por exemplo, vamos imaginar: alguém que tem uma boa fluência verbal e que, por isso, fez uma brilhante carreira parlamentar (ou mesmo de radialista), mas que, nada obstante, não domina muito bem a linguagem escrita. De uma hora para outra, resolve, por puro “diletantismo”, que é chegado o momento de escrever artigos, crônicas ou teses sobre temas dos quais sempre falou e tem pleno conhecimento. Acredito que a opção por Gladwell será necessária (repetição exaustiva no ato de escrever). Seja como for, não me parece que as ideias dos autores estejam em lados opostos e jamais possam se juntar. Quando o tempo e também as necessidades não formarem um obstáculo para se atingir a excelência em uma atividade as duas teses poderão caminhar juntas: uma pessoa que queira atingir o ápice em uma carreira, seja ela qual for, não só pode como deve focar nas suas virtudes como também praticá-las com afinco.

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    1. Boa análise interpretativa dos livros Fora de série e Descubra seus pontos fortes!
      A gente sempre olha assim…cada um analisando sobre diferentes pontos de vista e inclusive a partir das suas próprias vivências de vida só traz solidez para cá.
      Abraço, Marcelo.

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  7. Acredito em ambos: talento natural e esforço. No entanto percebo que mesmo que consiga encontrar o caminho para aprender um assunto, que não me seja fácil/agradável , manter a energia de estudo me é difícil. Não sei se seria motivação, usei energia pois mesmo que eu mantenha a rotina por um tempo, sinto que minha energia se esvai e demora a se recompor. Ainda que eu faça atividades físicas regulares e mantenha uma dieta adequada. Já se estudar assunto de que gostem ou tenha facilidade para aprender, consigo manter a energia, seguindo bem a rotina, e alcançar níveis desafiadores no assunto, em um tempo bem menor… E com a sensação (pode ser só sensação) de que não esgotei me cérebro. Não sei se criei um hábito de bloquear o que não domino, ou se não entendo bem como meu aprendizado acontece nessa fase da vida. 🙂

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    1. Agradeço a vc por trazer/compartilhar suas impressões sobre si.
      Abraço, Marcelo.

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  8. Eu acredito que podemos aprender sempre, que com a insistência é possível superar os pontos fracos, que somos seres humanos que aprendem em todos os momentos, então se praticarmos algo, conseguiremos aprender, colocar em pratica, e nos tornamos excelentes… Como dito pelos filósofos não somos “tabuas brancas”, nascemos com alguns aprendizados e aprendemos constantemente…

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    1. Janete, é como vc diz aprendemos durante toda a nossa vida…
      Acreditamos também nesta ideia.
      Grato por trazer para cá as suas impressões.
      Abraço, Marcelo.

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  9. Boa Noite pessoal do “mais aprendizagem”.

    Sou professora de Língua Portuguesa e concurseira. Já tive experiencias de estudos com os dois métodos e acredito que os “pontos fortes” te colocam em uma zona de conforto que o torna preguiçoso. Estimulando os pontos fracos você adquire novas habilidades.

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    1. Outro olhar sobre o post…legal, outra forma de interpretação.
      Abraço, Marcelo.

      Responder

  10. Fora de Série x Pontos Fortes
    Para mim tudo se resume na máxima “querer é poder”. A primeira coisa para se aprender alguma coisa está na vontade de querer aprender, quer seja porque se precisa aprender ou porque a curiosidade e a vontade de saber são muito fortes.
    Para mim esta coisa de “dom” não é o mais importante e sim a paixão.
    Sou um autodidata por natureza. A curiosidade sempre me levou à busca daquilo que eu estava interessado em saber.
    Desde criança sempre tive um interesse muito grande por eletricidade e atividades manuais e atribuo isto ao ambiente onde fui criado.
    Minha brincadeira preferida, lá pelos 6 ou 7 anos de idade, era fazer instalações onde eu amarrava lâmpadas queimadas com barbantes e não entendia porque elas não acendiam como as outras da minha casa.
    Eu tenho 70 anos e sou do tempo que as instalações elétricas das casas não eram embutidas como hoje, por isso eu achava que as minhas “instalações” deveriam funcionar como as outras.
    O tempo foi passando eu fui crescendo e descobrindo por conta própria e perguntando aqui e ali como as coisas funcionavam.
    Com doze anos de idade quase coloquei fogo na casa em que morava por conta de um conserto mal feito em um ferro de passar roupas. Não desisti pesquisei para descobrir o que estava errado e corrigi o erro e casa não pegou fogo na segunda tentativa!
    De lá pra cá não parei mais. Parto sempre do suposto que se alguém fez eu também poso fazer basta que eu estude como fazer e quem sabe até descubra formas melhores de fazer.
    Meu filho agora está estudando sax que é um instrumento cheio de detalhes e que de vez em quando precisa de alguns reparos.
    Pois bem, descobri que tem gente que faz estes reparos e que existem dezenas de livros sobre o assunto. Já comecei a montar a minha biblioteca.
    Estou motivado a estudar o assunto. Foi assim que eu comecei a aprender inglês com 14 anos de idade. A maioria das revistas de eletrônica eram em inglês. Um dia eu ganhei um lote com mais de cem revistas e eu queria ler o que estava escrito nelas.
    Dicionário na mão e vamos a luta. Eu já tinha um pequeno conhecimento da língua das aulas de inglês da escola o resto é transpiração.
    Aprendi a ler em inglês aos trancos e barrancos. Muitos anos depois fui trabalhar com gringos e precisa falar e entende-los.
    Entre num curso de inglês e estudava obsessivamente “30 horas” de inglês por dia. Ia além do que era dado nas aulas. Ouvia músicas em inglês o tempo todo. Hoje posso dizer que sou fluente em inglês. Eu queria aprender, eu precisava aprender e eu aprendi.
    Este é um pedacinho da minha história e das minhas convicções.
    Abraços
    Ah! Vou leros livros. Li um outro que você recomendou “Porque os estudantes nãogostas da escola” (mais ou menos isso). Adorei.
    Sigo você desde o “tempo” do “aulas byana”. Parabéns pelo seu trabalho.

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    1. Puxa! Gostei!!
      Vc compartilhou com a gente um panorama de suas experiências de vida, sua caminhada…
      Também citou a questão da curiosidade.
      A curiosidade é bem interessante quando a gente observa mais aprofundadamente – ela é quase que um moto primeiro, um impulso que nos faz mover em busca de algum objetivo.
      Os seus comentários aqui colocados comprovam esta força.
      Abraço, Marcelo.

      Responder

    2. Parabéns Paulo!

      Muito obrigado pelo compartilhamento de vida.

      Sucesso Eterno Aprendiz!

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  11. Confesso não ter lido a pesquisa do Gladwell, mas ao ler meus 5 talentos e focá-los no meu dia a dia confesso ter me tornado uma pessoa mais feliz, produtiva e ganhei um reconhecimento maior no trabalho e na minha vida pessoal. Também estou fazendo minha monografia em cima do livro do Buckinham, e agradeço a apresentação do contraponto (não conhecia o livro do Gladwell). Inclusive, ao invés de subir a um cargo de gerência (para o qual não tenho a menor aptidão inata devido a uns lacks de comunicação e foco em execução) ganhei um cargo horizontal onde posso desenvolver plenamente os meus pontos fortes de Futurismo, Planejamento Estratégico etc. e posso dizer que estou muito feliz.

    Inclusive, a empresa que eu trabalho tem utilizado a metodologia de Pontos Fortes em todos os níveis e tem colhido excelentes resultados operacionais e financeiros, fazendo uma seleção baseada nos pontos fortes e gastando muito menos em treinamentos posteriormente.

    Espero ter contribuído para discussão.

    Um abraço Ana,

    Bruno

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  12. Sim é possível desenvolver outras habilidades pelo aprendizado e melhorar seus pontos fortes é importante para se tornar bom naquilo que faz, ser o diferencial.

    Responder

  13. Eu acho que a prática leva alguém a excelência , por que como o livro explica, uma pessoa “talentosa” terá mais chances para praticar e, creio eu, isso que faz tal pessoa se tornar excelente naquilo que faz.
    Agora é só ter paciência pra esperar o próximo vídeo 🙂

    Responder

  14. A princípio,acredito, que as duas coisas possam ser utilizadas.Existem pontos positivos em ambos as propostas que possam ser trabalhados.
    Sou um idoso teimoso.
    Gosto de suas palestras.

    Responder

  15. Tem certeza que não vou pagar nada se resolver assistir o vídeo?
    Abração .
    neuza

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    1. Neuza, os vídeos que estão no nosso blog são todos gratuitos.
      Abraço, Marcelo.

      Responder

  16. Sim, conseguimos desenvolver qualquer habilidade com a prática. Mas a maestria, além da pratica, requer talento, características da natureza do indivíduo, fruto da genética, ou/e da formação da personalidade, ou/e de outras vidas.
    É sábio valorizar os pontos fortes no dia a dia e ir trabalhando as fraquezas conforme as demandas surgirem.

    Ana, por favor, fale mais detalhado sobre as 34 áreas de atuação identificadas pelo Buckingham, pelo menos as mais comuns, as mais importantes para aprovação em concursos públicos.

    Já identifiquei um dos meus “5” pontos mais fortes, a Conexão. Vou aprofundar nesse ponto para melhorar meu desempenho cognitivo e conseguir um cargo público, uma vez que a Competição não é meu ponto forte. Desde a infância, nunca dei valor a competição individual, adoro crescer em grupo, conectado.

    Obrigado!

    Responder

    1. William, a nossa intenção é provocar uma reflexão em torno de si…é como vc falou…ir reconhecendo e identificando em si os pontos fortes como tb os pontos fracos.
      Gostei de seu relato.
      Abraço, Marcelo.

      Responder

  17. Olá Ana! Olha, tenho assistido teus vídeos e com grande entusiasmo. Mesmo que no meu atual momento aproveito o conteúdo para estudar para concurso e isso é de vital importância pra mim nesse momento, sei que em tudo na vida (pregações que desenvolvo para minha igreja, pois sou pastor) é muito interessante essa nova perspectiva de aprendizado.
    Em relação ao vídeo sobre os pontos fortes, que vc pediu pra falar da experiência pessoal. Eu me identifico com ele, pois sempre amei música e foi com muita persistência e muito estudo que aprendi a ler partituras e tecer harmonias um pouco mais complexas no violão.
    Estou vendo algum resultado já de dedicação e horas de estudo no aprendizado das matérias de direito que estudo atualmente para o INSS.
    Obrigado por tudo. Mesmo que a grana seja pouca e ainda não consegui comprar nenhum livro ou curso teu, me sinto muito grato por tua enorme cooperação em meu caminho de compreensão dos sistemas de aprendizado. Você tem cooperado pra mudanças de paradigmas importantes em minha vida. Te agradeço de coração! Bom dia pra você e parabéns por sua linda vocação.
    Deus te abençoe!

    Responder

  18. Na minha opinião focar em uma determinada função ou habilidade é a melhor opção, pois lhe dará o trunfo de ser especialista em uma determina atividade.
    Não acredito em pessoas multi funcionais! Pessoas que fazem diversas atividades, acabam sendo genéricas e limitadas, ou seja, não conseguem ter uma expertise absoluta: sabem muito e pouco sabem.
    É claro que é pró-atividade a pessoa ser aberta a novos aprendizados, mas é imprescindível que ela busque a excelência em uma determinada atividade.
    Levando para o lado profissional, eu digo por experiência ativa que, profissionais generalistas tem mais opções de trabalho, porém o especialista tem algo que é o ápice de qualquer profissão: ótimas remunerações e ótima reputação no mercado de trabalho.
    E mais, para sermos especialista em algo, necessitamos de foco, e foco é algo primordial para quem deseja alcançar qualquer habilidade fora de série.
    Enfim, essa foi minha contribuição para o debate.
    Saudações.

    Responder

    1. Boas contribuições…outras perspectivas são válidas e necessárias.
      Obrigado.
      Abraço, Marcelo.

      Responder

  19. Você poderia dar uma olhada nas pesquisas de Viktor Frankl (psiquiatra e neurologista)? Não sei por qual razão, mas as ideias dele me pareceram responder à sua pergunta, de certa forma. É claro que as afirmações dele são muito mais abrangentes, seria uma resposta que transcende a sua pergunta. Mas mesmo que o que ele diga fuja ao tema, eu recomendaria você a dar uma olhada nas ideias dele. Elas podem te dar um insight muito bom.

    Responder

  20. Em minha singela opinião creio que a Ana não finalizou o pensamento do Bukingham, que diz que na verdade os temas são uma forma de expressar aquilo que desenvolvemos bem, que temos algum sucesso com isso e que tal ação nos faz sentir prazer antes, durante e depois do processo, ou seja, a dor e a dificuldade em executar algo só faz comprovar que realmente não nascemos para executar determinadas ações, e se revermos o exemplo que a colocou na vida, vemos que o sujeito que ascendeu o cargo de chefia não tem 10.000 horas para treinar a habilidade de comunicação, e que a situação provável é que ele será demitido ou reconduzido para a área que ele trabalha melhor, ou seja, até no exemplo o que está mais próximo ao real é o conceito do Bukingham. A regra das 10.000 horas vale quando você REALMENTE quer uma habilidade x e dispõe de tempo para tal, e mesmo assim ele realmente só vai estar motivado para fazer algo porque algum tema está falando alto dentro dele, ou seja, ninguém quer realmente uma coisa que sabe que tem uma completa (eu disse completa) inabilidade ou se nenhum ponto forte se identifica com aquilo que ela almeja, pura questão de rapport – temos que aceitar que só queremos aqui que nos identificamos. Alguns acusam o Bukingham de determinista, mas todos esquecem que o Gladwell afirma que a época em que alguém vive diz muito sobre o gral de sucesso que ela vai ter, e isso me soa extremamente mais determinista.

    Resumo: desculpe-me, mas só queremos aquilo que nos identificamos, tanto em sentido de valores quanto de habilidades nossas que podem ser usadas. Dois caras podem fazer medicina, mas um vai se sentir mais eficiente sendo cirurgião e o que odeia sangue e ama crianças vai amar ser pediatra. É o que eu penso.

    Responder

    1. Thiago, que bom que vc trouxe através da sua descrição mais visões sobre o tema.
      Isto agrega e fortalece a nossa análise através de outras contribuições e olhares.
      Abraço, Marcelo.

      Responder

  21. Ana, eu acredito que com muuito treino e dedicação conseguimos melhorar nossos pontos fracos e depois de um tempo já se tornar automático quase natural, agora, se já temos pontos fortes e aperfeiçoarmos, aí ninguém segura. A excelência se consegue com o talento nato! Esta é minha opinião. Grata

    Responder

  22. Oi Ana e toda a turma!
    Nossa, agora lascou…
    Já me vi em situações que a prática me ensinou a fazer o que eu não sabia, como dirigir, por exemplo, e já me vi em situações que digo que não tem jeito e que não sei fazer aquilo, como no caso de comunicação persuasiva.
    Mas se eu tivesse que votar em alguma, votaria na prática deliberada que faz você ser bom em qualquer coisa.
    Valeu pelo vídeo Ana, é sempre bom estar por aqui! Abraços.

    Responder

  23. Ambos estão corretos, pois a prática deliberada sem a orientação (cursos, palestras etc) pode se tornar uma grande perda de tempo. Assim como a realização de cursos e a busca por aperfeiçoamento sem a posterior prática deliberada, seria outra perda de tempo. Na minha opinião, as teorias se complementam.

    Responder

  24. Olá Ana. Excelente discussão.

    Com relação a pergunta no final do texto, a minha realidade mostra que é possível desenvolver uma habilidade sem o conhecimento sobre a existência da mesma. No meu caso, sou psicólogo de formação. Sempre odiei vendas e marketing e, naturalmente, era péssimo em ambas as áreas. Com o passar do tempo e bastante estudo, tenho me tornado um bom vendedor e, o mais importante, estou adorando vender meus produtos e serviços. Espero ter contribuído de alguma forma para esta discussão. Abraços.

    Responder

  25. Olá Ana!

    Excelente abordagem! Já tinha visto o vídeo anterior e estava ansioso pelo segundo vídeo da série.

    No primeiro vídeo, tudo o que foi falado sobre a prática deliberada, fez todo o sentido pra mim. Já agora neste vídeo sobre os pontos fortes, também tem uma certa coerência.

    Diante disso acredito que tudo vai depender do momento em que a pessoa está e o desafio que se coloca diante dela: Se a pessoa possui tempo para investir em uma habilidade em que ela não é boa, então creio que trabalhar os pontos fracos seja o ideal. Agora caso a pessoa não disponha de tempo, precisa de urgência para resolver o problema, avaliar se possui o ponto forte é o mais indicado.

    Tudo vai depender do contexto.

    Mas vou te falar a verdade que ocorre comigo. Eu gosto de desafio. Se eu não sei algo e não disponho de tempo eu procuro aprender assim mesmo. Fico no prejuízo as vezes mas sou alucinado por conhecimento.

    Agora quando tenho que resolver algo que já tenho uma certa afinidade nata, aí fica tudo mais fácil.

    Parabéns pelo conteúdo sensacional.

    Grande abraço.

    Responder

    1. Fabiano, eu já ouvi alguém dizer que o contexto é algo que nos define.
      Seria assim: a gente tende (em determinadas situações) a ser aquilo que o contexto nos diz ser.
      Obrigado pela sua participação no nosso blog.
      Abraço, Marcelo.

      Responder

      1. Yes! Marcelo o contexto de uma pessoa diz muito sobre ela, suas escolhas. Nosso texto interno efetiva nosso contexto externo. Somos o autor e o ator principal da nossa história, vida.

        Responder

  26. Oi Ana!
    Bom eu fico com que todos possamos ser bom em tudo.
    Mas se aperfeiçoar e se tornar realmente bom em alguma coisa, ou na sua área especifica, treinar e praticar até conseguir ser o melhor.
    Então acredito nas duas possibilidades e isso depende de cada pessoa, e do seu esforço! 🙂

    Responder

  27. Interessante esta suposição, pesquisas sobre melhorar o desempenho ou talento das pessoas é
    de certa forma motivacional, cada um de nós temos características pessoais, cada um de nós age e reage de formas diferentes. Na minha opinião é importante dar uma tarefa específica e avaliar até onde as pessoas podem chegar, ou atingir seus objetivos. Se atingiu os objetivos podemos avaliar que está pessoa teve um diferencial no seu esforço de produção, porém se a pessoa não conseguiu atingir os objetivos, deve ser avaliado os motivos e as dificuldades (pontos fracos) que ela teve no processo de desenvolvimento. Portanto, creio que a prática e a dedicação 100% levam as pessoas no nível de excelência, ou seja, quando concentramos os esforços, temos uma visão melhor do negócio e realizamos com mais facilidade.

    Responder

  28. Boa tarde, acabei de assistir o video. Muito legal a iniciativa de trazer pesquisas fundamentadas a respeito de aumento de desempenho.

    Eu concordo em partes com Marcus Buckingham, encontrar nossos talentos e trabalhar em cima deles é uma ideia bem interessante e nao tao nova. Mas altamente valida. Meu incomodo fica na parte de divisoes por areas de ”comportamento e aptidão”. Entendo que é mais facil e didatico apresentar desta forma, mas ainda fica subjetivo. Contudo concordo com essa jornada de auto conhecimento em redescobrir nossos talentos e eleva-los ao limite.

    As ideias de Malcolm Gladwell se apresentam mais realistas quando nivela os individuos de acordo com sua força de vontade e determinação. Apesar de discordar com o conceito de meritocracia. Quero acreditar que nossas limitações sao impostas por nos mesmos, e nao por um rotulo de talentoso e sem talento. Ainda sim aceito ideia de nao saber jogar bola como Pelé.

    No meu caso, graduação e mestrado me aventurando no mundo dos concursos. Li sobre memorização e mapas mentais. Nao consegui ficar imerso em uma só tecnica. Utilizo memorização mnemônicas (1 arvore, 2 interruptor, 3 piramide, 4 mesa etc); cada disciplina de uma cor (Direito penal – vermelho, lembra sangue; Direito Constitucional – verde, lembra nossa bandeira; Leis extravagantes – rosa, bem extravagante; etc). Faço mapas mentais de todas e utilizando a pratica deliberada. Pomodoro etc

    Dei o exemplo pq fiz a união de mais de duas metodologias para estudo. E vou fazer o mesmo com as duas ideias apresentadas pelos autores… Obviamente quando eu tiver tempo habil para ler o livros.

    Bjss Ana!

    Responder

    1. Gostei muito da sua interpretação dos textos…bem instigante…
      Abraço, Marcelo.

      Responder

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